SEMINARIO DE DANÇA - MÚSICA E TEATRO CIA DE DANÇA M-CEL

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DE 23 A 25 DE NOVEMBRO DE 2012

sexta-feira, 6 de março de 2009

Reinado e Guerras de Davi

Saul estava morto, mas Davi ainda não começou a reinar sobre todo o Israel. Davi reinava apenas sobre a tribo de Judá e as outras onze tribos, instadas por Abner, comandante do exército de Saul, proclamaram rei o único filho de Saul que restara vivo, Isbosete (II Sm.2:8-11). Houve, ainda, uma guerra de dois anos até que Davi se tornasse rei de todo o Israel (II Sm.2:10; 3:1).
Assim que Davi se estabeleceu como rei sobre todo o Israel, tratou ele de unir o reino e, para tanto, era necessário derrotar os jebuseus, cujos domínios impediam a união entre o sul, ocupado pela tribo de Judá e de Simeão, e as tribos do Norte. Para tanto, guerreou contra Jebus e a conquistou, tornando-a em capital do seu reino, com o nome de Jerusalém, motivo por que é ela chamada até hoje de “a cidade de Davi”. Esta conquista e a aliança que lhe foi proposta pelo rei de Tiro, fez com que Davi entendesse que Deus confirmava o reino na sua mão por amor ao Seu povo (II Sm.5:12). Temos, assim, mais uma vez, a demonstração da preocupação de Davi de estar na direção de Deus e de apenas ser e agir de acordo com a vontade divina.
Sempre sob a direção divina, Davi, após ter conquistado Jerusalém, lança uma ofensiva sobre os filisteus, derrotando-os totalmente. Com efeito, a partir desta vitória de Davi sobre os filisteus, não mais encontramos relatos de dominação dos filisteus sobre os israelitas, o que havia sido uma constante desde a conquista da Terra Prometida. Com Davi, portanto, completa-se a obra de livramento destes terríveis inimigos, que se iniciara com Sansão, mais de cem anos antes. O segredo da vitória de Davi está em II Sm.5:25a: “E fez Davi assim como o Senhor lhe tinha ordenado”.
Vencidos os filisteus, Davi pretendeu trazer a arca do concerto, que se encontrava em Baalé de Judá (ou Quiriate-Jearim) desde os tempos em que os filisteus a haviam devolvido nos dias de Samuel, para Jerusalém. Este cuidado de Davi para com as coisas de Deus, representadas, ao seu tempo, pelos utensílios do tabernáculo, que praticamente faz se mudar para Jerusalém, mostra que um homem segundo o coração de Deus é alguém que dá prioridade às coisas de Deus, às “coisas que são de cima” (Cl.3:1,2). Este interesse primordial de Davi é que iria levá-lo à idéia de construir um templo ao Senhor, idéia que o Senhor aprova, mas que determina seja executada pelo seu sucessor, o que não impediu que Davi iniciasse a obtenção dos materiais para esta construção e deixasse plenamente organizado o serviço de louvor que funcionaria no templo (I Cr.22-29).
Este seu intento de levar a arca para Jerusalém foi alcançado, mas não sem antes ter havido o triste episódio da morte de Uzá, uma grande lição que Deus deu a Davi e a todo o Israel sobre a importância de se observar à risca a lei do Senhor (II Sm.6; I Cr.13).
Davi, uma vez instalado no poder, também, revelou que era um homem leal, mantendo as suas alianças e promessas, mesmo passando a ser a maior autoridade de seu povo. Assim é que traz Mical de volta a seu convívio, conquanto a mesma com ele nunca vai mais se entender, acabando por se tornar estéril (II Sm.6:23), como também devolveu tudo quanto tinha sido de Saul e de sua família a Mefibosete, o filho aleijado de Jônatas, que passou a tratar como um verdadeiro príncipe, honrando, assim, a promessa que fizera a Jônatas nos dias de perseguição (II Sm.9).
Davi empreendeu uma série de guerras e, pela vez primeira, Israel passou a ter as fronteiras que lhe haviam sido prometidas por Deus a Abraão, dominando desde a Síria, cuja fronteira era o rio Eufrates, até o Mar Mediterrâneo, onde habitavam os filisteus (Dt.11:24; II Sm.8; I Cr.18). Sendo um homem que sempre aguardou o momento de Deus para o cumprimento das promessas, foi o primeiro a ser usado por Deus para que se cumprisse a promessa de concessão da totalidade de Canaã para Israel. Como vale a pena esperar em Deus e crer nEle, submetendo-se à Sua vontade!
Em reconhecimento à fidelidade e à sincera e genuína adoração do rei, o Senhor dá a Davi a promessa messiânica, ou seja, promete que não faltaria varão sobre o trono de Israel da casa de Davi, caso sua linhagem mantivesse a fidelidade apresentada pelo fundador da dinastia (II Sm.7:16). Esta promessa foi além mesmo da história política de Israel, sendo prometido que o Salvador da humanidade viria da linhagem de Davi. O Messias, desde então, passou a ser reconhecido como sendo o Filho de Davi e, efetivamente, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo seria descendente deste rei. A humildade de espírito fez o Senhor exaltar a Davi, tornando-o o ascendente do próprio Messias.
Davi forneceu o modelo para todos os reis posteriores. “Andou em todo o caminho de Davi” ou “não andou em todo o caminho de Davi” (2 Crônicas 34:2) são as fórmulas usadas pelo historiador bíblico para elogiar ou reprovar os sucessores de Davi. Ele também propiciou o estereótipo mais elevado do Messias que deveria reinar com justiça sobre toda a terra.
Com setenta anos de idade, já envelhecido, Davi, como já dissemos, ainda teve de enfrentar a rebelião de Adonias e foi, então, obrigado a colocar seu filho Salomão no trono antes mesmo de sua morte. Pouco depois, deu conselhos profícuos a Salomão, fez seu último cântico e, então, morreu, passando à história como o mais valente e espiritual rei de Israel, Israel que tem como símbolo nacional, até os dias de hoje, a “estrela de Davi”.

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